sexta-feira, 23 de março de 2012

ENTREVISTA: FABIANE RIBEIRO

Olá Kbronscos e Kbronscas!!!!


Estou super feliz por postar pra você a entrevista com a Fabiane que é uma excelente escritora. Sinto-me privilegiada pela parceria dela com o blog. Tenho certeza de que você gostará da entrevista que  ela tão gentilmente nos concedeu.




L.P.L.F: Quando surgiu sua paixão pela escrita e leitura?

Eu sempre amei ler e escrever, mas confesso que nunca sonhei em ser escritora. Eu estava no quarto ano de faculdade de Medicina Veterinária, quando fiquei doente e parei os estudos por um tempinho. Nessa época, em meio a momentos difíceis, escrevi dois livros. Um deles é o romance “Xadrez”, minha primeira obra publicada. Desde então, a literatura passou a fazer parte da minha vida e dos meus sonhos.

L.P.L.F:Pelo que percebi sua mãe foi uma grande incentivadora, é verdade?


Sim, minha mãe me incentivou muito. E, por eu ter começado a escrever em um momento difícil da minha vida, o apoio da família e dos amigos foi fundamental. Minha mãe me incentivou a ler desde muito pequena, sempre comprando livrinhos quando eu era criança, assim como hoje é a maior incentivadora da minha carreira.

 L.P.L.F:Você acha que a internet é  uma boa ferramenta para os escritores?

Muito. Não apenas para divulgação, mas também para a aproximação com o leitor, que é fundamental (é uma das minhas partes preferidas).

 

L.P.L.F: Como foi ter seu primeiro livro editado e publicado?


Para mim foi uma sensação indescritível, a realização de um sonho mesmo! Difícil resumir em poucas palavras o que sinto ao ver meus livros publicados. Todas as etapas são muito legais: escrever, conseguir uma editora, ver a capa (foi um dos momentos mais emocionantes para mim), pegar o livro na mão, começar a divulgá-lo, ter as respostas dos leitores... Veja bem, é um longo caminho; mas vale a pena.



L.P.L.F:  O mercado brasileiro ainda é muito difícil para novos escritores, como foi sua experiência sobre isso?

Minha trajetória foi difícil também, sem dúvidas. Porém, como tudo na vida, creio que depende da força de vontade e da luta pessoal de cada um. É difícil, mas vale a pena, assim como qualquer jornada em busca de um sonho e de uma profissão. Foi difícil conseguir uma editora, e é ainda mais difícil conseguir reconhecimento no mercado. Apareceram muitas dificuldades, mas jamais pensei em desistir.



L.P.L.F: O público brasileiro ainda valoriza mais escritores estrangeiros a nacionais?


Sim, infelizmente isso ainda acontece. Mas o cenário está mudando e temos grandes autores brasileiros começando a ganhar destaque entre o público.

 

L.P.L.F: Você acredita que os pais deveriam incentivar a leitura nas crianças?


Com certeza. Eu fui incentivada desde muito pequena. Não digo que foi isso o que me tornou escritora, mas contribuiu. De qualquer forma, a leitura desde a infância é fundamental para o desenvolvimento do cidadão crítico, criativo, bem instruído e decidido. 

 

L.P.L.F: Os brasileiros têm lido mais a cada ano, ao que se deve isso?


A vários fatores. A leitura é, acima de tudo, um hábito e uma questão cultural. Sendo passado adiante o hábito pelo prazer de ler, ele irá crescer cada vez mais. Sem contar o imenso quadro de escritores, editoras e títulos excelentes que têm preenchido as prateleiras no Brasil.

L.P.L.F: Quais suas dicas para quem deseja levar para o papel suas ideias?


As dicas que dou são: seja verdadeiro, pois para todo livro há um público, não siga gêneros apenas porque são os mais vendidos no momento. Tenha organização na hora de escrever e, quando seu livro estiver pronto, converse, troque ideias com que já publicou e opte pelo caminho que é melhor para você, pois hoje em dia há diversas formas de se publicar um livro, o importante é conhecer todas suas opções.


L.P.L.F:  Em "Corações em fase terminal" você aborda um tema muito polêmico, por que este tema foi o escolhido?


Meu segundo livro publicado é “Corações em Fase Terminal”. Eu queria escrever sobre o peso de nossas escolhas erradas, mas a ideia, como sempre, foi surgindo... Um pouquinho a cada dia, quando menos se espera. Assim a cidade, os personagens e cada história paralela à narrativa principal foram ganhando vida em minha cabeça.

Ele conta a história de Cátia, uma dependente química que, após quase acabar com a própria vida, acorda em uma nova realidade, com o coração preso e manchado em uma caixa, e uma imagem real de si própria presa a um espelho repugnante. Sua missão passa a ser cuidar de seu coração, assim como todos naquele estranho lugar. E no caminho, ela encontra lições sobre: família, amizade, amor, separações, escolhas, e descobre que as respostas para sua cura estão e sempre estiveram em seu interior.
O livro acaba não tendo como foco a questão dos vícios, e sim a jornada de autodescobrimento e reparação, pela qual todos nós passamos em algum momento de nossas trajetórias.


L.P.L.F: Como surgia a ideia de fazer com que cada coração fosse de uma forma sofresse de forma diferente?


As ideias e a inspiração vêm sempre da vida! A minha inspiração vem de tudo ao meu redor, tudo o que já vivi, e tudo o que estava vivendo no momento em que escrevi o livro. Geralmente não há um fator específico que me inspire ou que traga a ideia para um livro, tudo vai surgindo aos poucos...

L.P.L.F: Pode se dizer que  esse livro seja espiritualizado?


Sim. Embora ele não retrate nenhuma religião especificamente, o livro aborda alguns temas, como a fé, de forma diferente. Então, de certo modo, ele é espiritualizado sim. 
 

L.P.L.F: Quais são o maior defeito e qualidade de Cátia?


A maior qualidade é a “capacidade de renovação”, a coragem. A personagem, apesar de ter levado seu coração ao estágio terminal, soube usar o que tinha de melhor em si mesma para curá-lo, bem como para ajudar aqueles a quem amava.
E defeito creio que seja a impaciência, a ansiedade. Entretanto, ao longo da história, ela aprende a controlar melhor até os próprios defeitos. 
 

L.P.L.F: Qual era seu objetivo ao escrever o livro? Você acredita que esse objetivo foi alcançado?

 Eu tento sempre escrever com o coração. Tenho percebido que os leitores experimentam as mesmas sensações que eu tive ao escrever cada cena, e sou muito emotiva. Espero que todos tenham a oportunidade de conhecer meus livros e que dividam suas opiniões comigo, mas creio que as mensagens e as emoções são passadas e sentidas de forma única, então, espero que se sintam bem lendo minhas histórias e aproveitem-nas da melhor forma possível, individualmente falando. Pelas respostas que tenho recebido dos leitores, diria que o objetivo foi mais que atingido.


L.P.L.F: Como surgiram as imagens da cidade? Você se inspirou em alguma cidade em especial?


 Eu tenho muita dificuldade pra determinar quando e como surge alguma ideia. Tudo vai surgindo aos poucos em minha mente e eu vou anotando, até o dia em que percebo que tenho material suficiente para um livro. Com o cenário, até hoje, também foi assim. Não me inspirei em nenhuma cidade em especial.


BATE VOLTA:
Um filme: A vida é bela

Um livro: A Cidade do Sol
Um escritor (a): Harlan Coben
Um personagem de livro: Harry Potter
Um personagem de filme: Lisbela, de Lisbela e o prisioneiro
Um ator: John Noble
Uma atriz: Emily VanCamp
Uma frase: “Decidi não esperar as oportunidades e sim, eu mesmo buscá-las.” (Walt Disney)
O que significa ler pra você? Viajar. 
Um recado para os loucos do blog.
Agradeço a oportunidade e o espaço para divulgar meu trabalho no blog. E quero dizer para todos os leitores: vivam seus sonhos e não deixem nunca de acreditar que a vida nos reserva boas surpresas!

E, citando meu próprio livro, “Xadrez”: Não há idade para sonhar e, muito menos, para buscar sonhos antigos. Os sonhos nunca morrem”. (pág. 368)


www.fabianeribeiro.com.br
www.reinoxadrez.blogspot.com
@fabiribeirovet

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